aplicação
O LiderA pode ser utilizado como forma de desenvolvimento de soluções sustentáveis nas diferentes fases (planos, projectos, obra e operação). Tal é efetuado através da seleção e desenvolvimento de soluções que tenham bom desempenho de sustentabilidade e sejam viáveis, considerando os princípios presentes nas seis vertentes e nos critérios das vinte e duas áreas, sendo aconselhável que, para facilitar este processo, se disponha de assessores LiderA com experiência.
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aplicação
O LiderA pode ser utilizado como forma de desenvolvimento de soluções sustentáveis nas diferentes fases (planos, projectos, obra e operação). Tal é efetuado através da seleção e desenvolvimento de soluções que tenham bom desempenho de sustentabilidade e sejam viáveis, considerando os princípios presentes nas seis vertentes e nos critérios das vinte e duas áreas, sendo aconselhável que, para facilitar este processo, se disponha de assessores LiderA com experiência.
Integrando as soluções de sustentabilidade
Para desenvolvimento do projeto procura-se ver para cada área e critério que soluções se pode considerar, qual a classe que será atribuível (Quadro de limiares de classe) classificando de G e A++ sempre que o desempenho seja comprovado de forma objetiva. Após a classificação das áreas e critérios a folha de cálculo determina a classe global.
A aplicação do sistema LiderA para desenvolvimento poderá passar por:
(a1) precisão do âmbito, isto é, contacto com a equipa de desenvolvimento, com a qual deve ser aferida qual é a tipologia de empreendimento, suas características e obtenção dos limiares e níveis de desempenho adequados;
(a2) envolvimento de assessor do LiderA (lista disponível no site) acordando o âmbito e etapas a efetuar;
(a3) registo online, no site do sistema LiderA, disponível em www.lidera.info;
(a4) assessoria para a sustentabilidade, envolvendo a avaliação do posicionamento;
(a5) propostas do nível de desempenho e aferição;
(a6) processo de facilitar a procura da sustentabilidade ajustada ao caso pelo assessor;
(a7) concretização das soluções (no plano, no projeto, na construção e na operação);
(a8) avaliação periódica do posicionamento no LiderA, suportado na recolha dos comprovativos que o evidenciem, tendo em vista certificação e sugestões de outras melhorias, por exemplo para a gestão.
Para melhor compreender a abordagem do LiderA é de destacar os seguintes dois documentos:
- Explicação sumária da abordagem do sistema LiderA da versão actual. Ver documento de quatro páginas: Descarregar o documento com 2 Mb.
- Explicação das vertentes, áreas e critérios do sistema LiderA da versão actual. Ver documento de quarenta e oito páginas: Descarregar o documento com 0,9 Mb.
Os principais elementos para aplicação do LiderA são disponibilizados numa folha de cálculo que inclui:
- Quadro com os Princípios orientadores (Quadro LiderA_CicloVida)
- Níveis de desempenho (classe G a A++) para os diferentes tipos de utilização (Quadro dos limiares), que especifica que ações e provas objetivas devem existir para ser atribuída em cada critério a classe respectiva;
- Complementar às classes existe uma lista de potenciais soluções para procurar os diferentes níveis de sustentabilidade;
- Modelo de cálculo das classes para a fase e para cada critério e respetiva forma de classificação global ponderada do valor final.
Pode-se iterativamente procurar ver as oportunidades de melhoria, aferir o desempenho e os custos no ciclo de vida de modo a procurar atingir o nível de desempenho de sustentabilidade ajustado aos objetivos.
A experiência do LiderA nos vários casos evidencia que para ter um melhor desempenho se pode escolher soluções que tenham custos equilibrados, sendo que até às classes C e B (já certificáveis) existem exemplos que não evidenciam acréscimos de custos.
Atualmente existem versões disponíveis para aplicação a Portugal a grande parte dos tipos de edifícios, zonas urbanas e outros ambientes construídos.
Estão em desenvolvimento e testes aplicações do LiderA para a realidade do Brasil, Angola, Moçambique e Cabo Verde.
Como aplicar em função da fase de desenvolvimento do empreendimento
O Sistema LiderA propõe uma abordagem integrada que permite orientar o desenvolvimento de soluções sustentáveis e certificar os empreendimentos ou edifícios em qualquer fase do seu ciclo de vida. O Sistema pode ser aplicado na avaliação e certificação nas diferentes fases, abrangendo o conceito, o projeto, a construção, a operação e a renovação, bem como para os diferentes usos (habitação, comércio e serviços, turismo, entre outros) e ainda como apoio à gestão ambiental.
De facto, a procura de sustentabilidade desafia os responsáveis do projeto (Promotores, Clientes, Arquitetos e Engenheiros) e as entidades fiscalizadoras (Técnicos da Autarquia na qual ocorre a operação urbanística), a experimentarem a adoção de medidas e soluções que se identifiquem com os princípios sustentáveis. Neste sentido, o Sistema destina-se a suportar Promotores, Projetistas, Empreiteiros, Gestores do Empreendimento, Clientes e Utentes dos ambientes construídos, podendo ser aplicado para apoio ao desenvolvimento ou para certificação.
O Sistema LiderA surge assim como um instrumento facilitador e de apoio ao desenvolvimento de processos mais sustentáveis e caso o seu desempenho seja comprovado, uma ferramenta para o seu reconhecimento e certificação. Através da aplicação do Sistema LiderA, é possível acompanhar qualquer uma das fases de um projeto ou de um empreendimento, desde o programa preliminar, passando pelo programa de base e estudo prévio, pelo projecto de licenciamento, pelo projeto de execução, pela recepção do imóvel ou empreendimento (no término da construção), pela fase de operação, até às fases de demolição e desconstrução.
As abordagens a considerar para aplicar o Sistema LiderA, assentam em assumir os princípios de sustentabilidade na fase de Programa Preliminar, na procura de soluções das áreas na fase de projeto, desde o Programa Base ou Estudo Prévio, e na procura de soluções que satisfaçam os critérios na fase de Projeto de Licenciamento e seguintes.
Fases do empreendimento e aplicação da abordagem LiderA
Apoio ao desenvolvimento nas fases do Programa Preliminar ao Projecto Base
A abordagem à procura e integração da sustentabilidade assenta num processo iterativo de especificação de desempenho na procura da sustentabilidade e desenvolvimento da solução, sua avaliação e sua precisão.
Como forma ilustrativa foi disponibilizado um "Manual para projetos de licenciamento com sustentabilidade segundo o Sistema LiderA", que tem como objetivo apresentar uma abordagem que considera a sustentabilidade usando o Sistema LiderA nas diferentes fases de projeto, desde a ideia inicial até ao licenciamento.
Este Manual Executivo destina-se a ilustrar modos de incluir a sustentabilidade na primeira fase do ciclo de vida da conceção dos empreendimentos, nomeadamente abrangendo as suas diferentes fases, desde o programa preliminar, passando pelo programa de base e estudo prévio até ao projeto para o licenciamento. A razão inerente à consideração destas fases decorre do facto de ser nestas que as decisões mais relevantes na procura da sustentabilidade são definidas, nomeadamente o tipo de produto, características e nível de desempenho. O desenvolvimento do Projeto de Execução sustentável, obra e manutenção serão objeto de abordagens a serem publicadas posteriormente.
O Manual é composto por um conjunto de quatro volumes: volume (I) de Síntese e mais três volumes que precisam a proposta da aplicação da abordagem do Sistema LiderA até ao licenciamento, ou seja, Programa Preliminar e Estudos de Base (II); Projeto de Licenciamento (III) e Anexos - Desenhos Técnicos (IV).
Está disponível para download o Volume I (em Publicações).
Produtos - Seleccionar produtos e serviços que procuram a sustentabilidade
A classificação dos produtos quanto ao desempenho na procura da sustentabilidade é essencial para a escolha de matérias produtos e serviços a contemplar no edificado e zonas urbanas sustentáveis, sendo ainda muito limitada a informação existente sobre os produtos disponíveis no mercado o LiderA em parceria com vários parceiros e contando com o apoio da 4Rs disponibilizou desde Maio um Catálogo de Produtos e Serviços Sustentáveis.
O modo de classificação do Sistema LiderA, para os produtos e serviços sustentáveis, traduz-se em Classes, da Classe E (produto referência / usual) até à Classe A++, que se associa a um produto com serviço de elevado desempenho na procura da sustentabilidade (Factor 10 ou melhoria de 90 %).
A sistematização pode ser efetuada de dois modos: (1) a indicação de qual o desempenho através de um modelo de equiparação a rótulos ou classificações ambientais existentes, ou (2) pela classificação e verificação efetuada pelo LiderA. Para melhor compreender esta abordagem é de destacar o seguinte documento:
- Produtos e Serviços Sustentáveis - Sistematização segundo o LiderA®: Descarregar o documento com 1 Mb.
O conceito 4Rs significa reduzir, reutilizar, reciclar e recuperar. A 4Rs procura apostar na procura e desenvolvimento de soluções que suportem nas organizações, produtos e serviços a redução das necessidades de recursos especialmente não renováveis, a reutilização de sistemas e soluções, a reciclagem de materiais e recuperação de materiais e energia nos resíduos.
Mais informações em www.4rs.pt
Certificar na fase de plano, projecto, construção e operação os ambientes construídos sustentáveis
Os planos, projetos e construções que disponham de bom desempenho na procura da sustentabilidade, podem requerer ao LiderA a sua verificação e se o seu desempenho for igual ou superior à classe C, pode ser atribuída a comprovação, que na fase de plano é projecto se denomina de reconhecimento e na fase de construção e operação de certificação.
De forma a reconhecer ou certificar um determinado projeto, este deve dispor de um bom desempenho e evidências (comprovativos), devendo a partir daí efetuar-se:
(b1) contacto com o LiderA para proceder à certificação e acordo das datas;
(b2) registo online, no site do sistema LiderA, disponível em www.lidera.info, no link "contactos", preenchendo o formulário disponibilizado;
(b3) sistematização das provas por parte do empreendimento a certificar;
(b4) verificação por parte independente dos comprovativos e níveis encontrados;
(b5) em caso de Classe C ou superior, efectuar a atribuição do certificado/reconhecimento pela marca LiderA;
(b6) monitorização.
Do registo à certificação
A ficha de registo para indicar a intenção do projecto ou empreendimento procurar a certificação encontra-se em baixo e pode ser enviada para o email geral@lidera.info.
- Ficha de Registo LiderA (descarregar ficheiro com 0,5 Mb).
Programa Preliminar
No Programa Preliminar o Promotor ou Dono de Obra do empreendimento identifica o produto (tipo de empreendimento), as suas características, e define todos os pressupostos que deverão ser considerados pelos Projetistas, como os usos do edificado, a localização do projeto, as tipologias do edificado e o número de divisões, entre outros detalhes que sejam relevantes e devam ser transmitidos ou esclarecidos. Do Programa Preliminar constam geralmente os seguintes elementos, podendo alguns destes ser dispensados consoante a obra a projetar:
a) Objetivos da obra;
b) Características gerais da obra;
c) Dados sobre a localização do empreendimento;
d) Elementos topográficos, cartográficos e geotécnicos, levantamento das construções existentes e das redes de infraestruturas locais, coberto vegetal, características ambientais e outros eventualmente disponíveis, a escalas convenientes;
e) Dados básicos relativos às exigências de comportamento, funcionamento, exploração e conservação da obra, tendo em atenção as disposições regulamentares;
f) Estimativa de custo e respetivo limite dos desvios e, eventualmente, indicações relativas ao financiamento do empreendimento;
g) Indicação geral dos prazos para a elaboração do projeto e para a execução da obra.
O Programa Preliminar deve também discriminar as intenções do promotor, na sustentabilidade, para que fiquem delineadas no sentido de procurar o bom desempenho na procura da sustentabilidade do empreendimento. A estratégia inicial deve ser orientada segundo os princípios do Sistema LiderA que se baseiam nas vertentes: integração local, recursos, cargas ambientais, conforto ambiental, vivências socioeconómicas e gestão sustentável.
A abordagem preliminar, embora ainda não formalize o projecto deve conter, para cada vertente, os princípios que irão regularizar todo o projecto nas seguintes fases e que devem ser tidos em conta ao longo de todas as etapas, nomeadamente: prever a valorização da dinâmica local e promover uma adequada integração; fomentar a eficiência no uso dos recursos naturais; reduzir o impacte das cargas ambientais (quer em valor, quer em toxicidade); assegurar a qualidade do ambiente, focada no conforto ambiental; fomentar as vivências socioeconómicas sustentáveis.
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A partir de Setembro de 2010, no quadro do Sistema LiderA passou a estar disponível uma possibilidade que reside no princípio de que quem tem intenção de desenvolver, projetar ou certificar, poderá efetuar o registo no LiderA (www.lidera.info). Assim, é desejável que nesta fase o promotor proceda à manifestação da sua intenção de procura da sustentabilidade através do seu registo. Este registo permite saber desde logo quais as características do empreendimento e disponibilizar uma lista de requisitos, orientações e níveis de limiares específicos para o empreendimento procurar atingir e comprovar de forma eficiente a sustentabilidade.
A inclusão da procura de sustentabilidade desde a fase inicial é fundamental, pelo que é essencial recorrer ao Sistema LiderA, como forma de testar as intenções do promotor, que devem ser analisadas para se perceber em que situação é que se encontra o projeto em relação à procura da sustentabilidade.
As orientações do Sistema LiderA, permitem alertar o promotor para as variadas questões que estão subjacentes à construção de um projeto (cujos princípios correspondem a um projeto que fundamentalmente caminha para a sustentabilidade) bem como o elencar de aspetos a serem considerados no projeto em fases seguintes. Estas orientações começam por servir para refletir que aspetos devem ser considerados e após a sua definição deve efetuar-se a avaliação de posicionamento tendo em vista ver o posicionamento na sustentabilidade, implicações (incluindo económicas e de produto), bem como as que devem ser consideradas e potenciais oportunidades de melhoria.
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Para além dos casos já efetuados (reconhecimentos e certificações), estas orientações têm sido aplicadas a modelos tipo, nomeadamente modelos de uma Moradia Urbana, de um edifício de habitação coletiva, o Edifício HEXA, e de um quarteirão urbano, o Quarteirão OCTO. Estes modelos foram desenvolvidos como exemplos de aplicação do Sistema LiderA e pretendem demonstrar e ilustrar o processo de procura e implementação da sustentabilidade.
Do Programa Base ao Estudo Prévio
O Programa Base corresponde ao documento elaborado pelo Projetista a partir do Programa Preliminar resultando da particularização deste, visando a verificação da viabilidade da obra e do estudo de soluções alternativas, o qual, depois de aprovado pelo Dono da Obra, serve de base ao desenvolvimento das fases ulteriores do projecto. O Programa Base é apresentado de forma a proporcionar ao Dono da Obra a compreensão clara das soluções propostas pelo Projectista, com base nas indicações por si expressas no programa preliminar.
Esta fase de projeto define-se essencialmente como o primeiro ensaio que o Projetista faz da análise realizada às intenções apresentadas no Programa Preliminar, apresentando opções concretas de projeto. Do Programa Base constam geralmente os seguintes elementos, sem prejuízo dos constantes de regulamentação aplicável:
a) Esquema da obra e programação das diversas operações a realizar, quando aplicável;
b) Definição dos critérios gerais de dimensionamento das diferentes partes constitutivas da obra;
c) Indicação dos condicionamentos principais relativos à ocupação do terreno, nomeadamente os legais, topográficos, urbanísticos, geotécnicos, ambientais, em particular, os térmicos e acústicos;
d) Peças escritas e desenhadas e outros elementos informativos necessários para o perfeito esclarecimento do Programa Base, no todo ou em qualquer das suas partes, incluindo as que porventura se justifiquem para definir as alternativas de solução propostas pelo Projetista e avaliar a sua viabilidade, em função das condições de espaço, técnicas, de custos e de prazos;
e) Estimativa geral do custo da obra, tomando em conta os encargos mais significativos com a sua realização e análise comparativa dos custos de manutenção e consumos da obra nas soluções propostas;
f) Descrição sumária das opções relacionadas com o comportamento, funcionamento, exploração e conservação da obra;
g) Informação sobre a necessidade de obtenção de elementos topográficos, geológicos, geotécnicos, hidrológicos, climáticos, características da componente acústica do ambiente, redes de infraestruturas ou de qualquer outra natureza que interessem à elaboração do projeto, bem como sobre a realização de estudos em modelos, ensaios, maquetas, trabalhos de investigação e quaisquer outras actividades ou formalidades que podem ser exigidas, quer para a elaboração do projeto, quer para a execução da obra.
Por sua vez, o Estudo Prévio corresponde ao documento elaborado pelo Projetista, depois da aprovação do Programa Base, visando a opção pela solução que melhor se ajuste ao programa, essencialmente no que respeita à concepção geral da obra. O Estudo Prévio desenvolve as soluções aprovadas no Programa Base, sendo constituído por peças escritas e desenhadas e por outros elementos informativos, de modo a possibilitar ao Dono da Obra a fácil apreciação das soluções propostas pelo Projectista e o seu confronto com os elementos constantes naquele. Do Estudo Prévio constam geralmente os seguintes elementos, sem prejuízo dos constantes de regulamentação aplicável:
a) Memória descritiva e justificativa, incluindo capítulos respeitantes a cada um dos objectivos relevantes do estudo prévio;
b) Elementos gráficos elucidativos sob a forma de plantas, alçados, cortes, perfis, esquemas de princípio e outros elementos, em escala apropriada;
c) Dimensionamento aproximado e características principais dos elementos fundamentais da obra;
d) Definição geral dos processos de construção e da natureza dos materiais e equipamentos mais significativos;
e) Análise prospectiva do desempenho térmico e energético e da qualidade do ar interior nos edifícios no seu conjunto e dos diferentes sistemas activos em particular;
f) Análise prospectiva de desempenho acústico relativa, nomeadamente, à propagação sonora, aérea e estrutural, entre espaços e para o exterior;
g) Estimativa do custo da obra e do seu prazo de execução.
Nestas fases é também importante analisar e contrapor as opções estratégicas e de projecto assumidas às efectuadas anteriormente, continuando a apoiar e a analisar o desenvolvimento da procura de sustentabilidade. Neste caso, importa aferir se as propostas (soluções) apresentadas seguem as estratégias inicialmente delineadas e se estão de acordo com os princípios delineados para as áreas do Sistema LiderA (assegurando uma abrangência generalizada e o caminho para a sustentabilidade, que foi inicialmente definido e analisado no Programa Preliminar).
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Nestas fases de desenvolvimento é importante analisar as opções estratégicas e de projeto efetuadas anteriormente, de forma a avaliar a sua compatibilidade com os programas pretendidos, quer ao nível da aferição de custos (orçamento), quer ao nível da avaliação estratégica de procura da sustentabilidade. Para esta análise é aplicado o nível de avaliação das áreas do LiderA.
Esta análise ou pré-avaliação deve avaliar o projeto em estudo, de acordo com uma classificação das linhas de intervenção consideradas, em relação à sua abrangência, relevância e contributo. Assim, o Programa Base e o Estudo Prévio devem interpretar os objetivos do promotor e procurar encontrar a concretização e a viabilidade das soluções a adotar.
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Para além dos casos já efetuados (reconhecimentos e certificações), estas orientações têm sido aplicadas a modelos tipo, nomeadamente modelos de uma moradia urbana, de um edifício de habitação colectiva, o Edifício HEXA, e de um quarteirão urbano, o Quarteirão OCTO. Estes modelos foram desenvolvidos como exemplos de aplicação do sistema LiderA e pretendem demonstrar e ilustrar o processo de procura e implementação da sustentabilidade.
Projeto Base
O Projeto Base, Anteprojeto ou Projeto de Licenciamento corresponde ao documento a elaborar pelo Projetista, relativo ao desenvolvimento do Estudo prévio, aprovado pelo Dono da Obra. Nesta fase, os Projetistas desenvolvem o Projeto em conformidade com o estabelecido na fase anterior, preparando o processo de aprovação pela respetiva Câmara Municipal (Projeto de Licenciamento), bem como pelas demais entidades envolvidas.
É nesta fase e sob a forma de Projeto de Licenciamento que o Dono da Obra submete o projeto à apreciação das autoridades municipais e diferentes organismos para licenciamento da obra. Em simultâneo ao Licenciamento do Projeto de Arquitetura, procede-se à entrega dos restantes projetos de Especialidades, legalmente exigidos para aprovação. Do Projeto Base constam geralmente os seguintes elementos, sem prejuízo dos constantes de regulamentação aplicável:
a) Memórias descritivas e justificativas da solução adotada, incluindo capítulos especialmente destinados a cada um dos objetivos especificados para o anteprojeto, onde figuram designadamente descrições da solução orgânica, funcional e estética da obra, dos sistemas e dos processos de construção previstos para a sua execução e das características técnicas e funcionais dos materiais, elementos de construção, sistemas e equipamentos;
b) Avaliação das quantidades de trabalho a realizar por grandes itens e respectivos mapas;
c) Estimativa de custo actualizada;
d) Peças desenhadas a escalas convenientes e outros elementos gráficos que explicitem a localização da obra, a planimetria e a altimetria das suas diferentes partes componentes e o seu dimensionamento bem como os esquemas de princípio detalhados para cada uma das Instalações Técnicas, garantindo a sua compatibilidade;
e) Identificação de locais técnicos, centrais interiores e exteriores, bem como mapa de espaços técnicos verticais e horizontais para instalação de equipamentos terminais e redes.
f) Os elementos de estudo que serviram de base às opções tomadas, de preferência constituindo anexos ou volumes individualizados identificados nas memórias;
g) Programa geral dos trabalhos.
O Projecto Base deverá efectuar a escolha das soluções através de um balanço equilibrado entre o pretendido pelo promotor e os níveis de sustentabilidade a serem considerados. Neste sentido, o Sistema LiderA tem como objetivo principal apontar as orientações que permitam facilitar a tomada de decisão das entidades envolvidas nos projetos a licenciar, de acordo com uma perspectiva de procura da sustentabilidade.
Nesta fase não só deverão ser apresentados os documentos a entregar segundo o Processo de Licenciamento, como estes deverão ser acompanhados da respetiva Abordagem Ponderada da Sustentabilidade, na perspetiva do Sistema LiderA. Esta abordagem integrada pretende abordar as possibilidades inerentes à procura da sustentabilidade dos edifícios, com base no processo de licenciamento dos mesmos e nas peças a entregar.
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O LiderA, tem nesta abordagem um papel importante, uma vez que funciona como instrumento auxiliador que vai evidenciando, em cada passo do processo de licenciamento, as questões de desempenho mais relevantes a ter em consideração na elaboração dos projectos. Neste contexto, é utilizado, como guia e ponto de partida para a análise, monitorização e avaliação das medidas de procura da sustentabilidade, a apresentar no respetivo processo.
Para orientar e avaliar o desempenho ambiental nesta fase, o Sistema possui um conjunto de 43 critérios que operacionalizam os aspectos a considerar em cada uma das 22 áreas. Às classificações nos critérios é atribuído um nível global de desempenho ambiental que se encaixa num dos escalões de avaliação. Para o Sistema LiderA o grau de sustentabilidade é mensurável e passível de ser certificado em classes de bom desempenho (C, B, A, A+ e A++) que incluem uma melhoria de 25 % (Classe C) face à prática (Classe E), passando por uma melhoria de 50 % (Classe A), melhoria de factor 4 (Classe A+) até uma melhoria de factor 10 (Classe A++).
A contabilização dos pesos dos critérios é realizada através das Vertentes e Áreas. As vertentes posicionam como mais relevante os Recursos com 32 % do peso, seguido da Vivência socioeconómica (19 %), Conforto Ambiental (15 %), Integração Local (14 %), Cargas Ambientais (12 %) e por fim Uso Sustentável (8 %). No geral e dentro de cada área, os critérios dispõem de igual importância. Para obter um valor agregado, a classificação final conjugada é obtida através da ponderação das 22 áreas. O reconhecimento (uma vez que se trata da fase de concepção) é possível de ser efectuado nos casos em que a ponderação global se encontre entre as Classes C e A++.
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Para além dos casos já efetuados (reconhecimentos e certificações), estas orientações têm sido aplicadas a modelos tipo, nomeadamente modelos de uma moradia urbana, de um edifício de habitação colectiva, o Edifício HEXA, e de um quarteirão urbano, o Quarteirão OCTO. Estes modelos foram desenvolvidos como exemplos de aplicação do Sistema LiderA e pretendem demonstrar e ilustrar o processo de procura e implementação da sustentabilidade.
Projeto de Execução
O Projeto de Execução corresponde ao documento elaborado pelo Projetista, a partir do Projeto Base aprovado pelo Dono da Obra, destinado a facultar todos os elementos necessários à definição rigorosa dos trabalhos a executar. Este Projeto revela-se fundamental para garantir a Qualidade da Obra e constitui, juntamente com o caderno de encargos, o processo a apresentar às empresas de construção interessadas na adjudicação da empreitada. Inclui toda a informação para a obra, com indicação de detalhes de execução da obra e é com base nestes elementos que os orçamentos para construção são elaborados.
O Projeto de Execução desenvolve o Projeto Base aprovado, sendo constituído por um conjunto coordenado das informações escritas e desenhadas de fácil e inequívoca interpretação por parte das entidades intervenientes na execução da obra, obedecendo ao disposto na legislação e regulamentação aplicável. Do Projeto de Execução constam geralmente os seguintes elementos, sem prejuízo dos constantes de regulamentação aplicável:
a) Memória descritiva e justificativa, incluindo a disposição e descrição geral da obra, evidenciando quando aplicável a justificação da implantação da obra e da sua integração nos condicionamentos locais existentes ou planeados; descrição genérica da solução adotada com vista à satisfação das disposições legais e regulamentares em vigor; indicação das características dos materiais, dos elementos da construção, dos sistemas, equipamentos e redes associadas às Instalações Técnicas;
b) Cálculos relativos às diferentes partes da obra apresentados de modo a definirem, pelo menos, os elementos referidos na regulamentação aplicável a cada tipo de obra e a justificarem as soluções adotadas;
c) Medições e mapas de quantidade de trabalhos, dando a indicação da natureza e da quantidade dos trabalhos necessários para a execução da obra;
d) Orçamento baseado nas quantidades e qualidades de trabalho constantes das medições;
e) Peças desenhadas de acordo com o estabelecido para cada tipo de obra na regulamentação aplicável, devendo conter as indicações numéricas indispensáveis e a representação de todos os pormenores necessários à perfeita compreensão, implantação e execução da obra;
f) Condições técnicas, gerais e especiais, do caderno de encargos.
A abordagem proposta pelo Sistema LiderA acompanha o desenvolvimento dos projetos (incluindo especialidades) analisando o seu contributo para o nível de sustentabilidade pretendido, abrangendo sugestões para os projetos, análise das soluções e recomendações, nalguns casos através de documentação e noutros incluindo reuniões de aferição e desenvolvimento.
A estratégia de desenvolvimento assenta em avaliar as propostas de arquitectura inicial (Projeto Base) e posteriormente indo acompanhando e avaliando o perspectivado para os diferentes projetos das especialidades, cujas considerações serão englobadas no fecho do projecto arquitectónico, ou seja no Projeto de Execução. Assim, considera-se a análise e os contributos para os seguintes projetos:
1) Projeto de Arquitetura (Projeto Base)
2) Projeto de Estabilidade, de Escavação e Contenção periférica
3a) Projeto do Comportamento Térmico, Energético e de Climatização dos Edifícios - RCCTE, RSECE, SCE
3b) Projeto de Alimentação e Distribuição de Energia Eléctrica;
4a) Projeto de Instalações Electromecânicas, de Transporte de Pessoas e de Mercadorias;
4b) Projeto de Instalações de Gás;
4c) Projeto de Instalações Telefónicas e de Telecomunicações
5) Projeto Acústico
6a) Projeto de Redes Prediais de Águas e Esgotos
6b) Projeto de Águas Pluviais
7) Projeto de Segurança contra Incêndios
8) Projeto de Arranjos Exteriores;
9a) Plano de Acessibilidades (se existir ou então no Projeto Arquitetura)
9b) Outros PPGCD,
10) Projeto de Arquitetura (Projeto de Execução).
Uma vez que esta fase de desenvolvimento do projeto pode abranger a interacção com os Projetos de Especialidade, indica-se sumariamente no quadro seguinte os aspectos a analisar em cada um dos Projetos de Especialidade.
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Após o Licenciamento o Projeto de Execução especifica e detalha os aspetos construtivos das soluções, bem como define orientações para a forma de construção e boas práticas de procura de sustentabilidade. Neste sentido, apresenta-se em baixo a relação entre os diversos Projetos de Especialidade e os critérios LiderA.